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Cinco meses após tragédia em São Sebastião, pequenas vítimas invisíveis ainda esperam por novo lar

Atualizado: 10 de ago. de 2023

O temporal histórico que caiu no final de semana do Carnaval deste ano, com o maior registro de chuva em 24 horas da história do país, ceifou a vida de mais de 60 pessoas e destruiu centenas de casas.




Uma delas pertencia a uma acumuladora de animais – nome comumente usado para referir-se a pessoas que sofrem de um transtorno psiquiátrico chamado de Síndrome de Noé, que causa uma compulsão em abrigar mais e mais animais, sem perceber as condições insalubres às quais acumulador e acumulados estão submetidos.


Só quem já entrou em uma casa de acumulador consegue descrever. Tatiana Sales, presidente da ONG Confraria dos Miados e Latidos, arrisca compartilhar a sensação:

“É muito difícil colocar em palavras. A parte mais impressionante costuma ser o cheiro. Anos e anos de urina e fezes acumuladas, restos de ração e por vezes até corpinhos que não resistiram à disputa pelos poucos recursos. É um cenário devastador.”

Já tendo sofrido uma vez pelo abandono e uma segunda vez ao serem “resgatados” por uma pessoa que não tinha condições de lhes oferecer uma vida digna, um grupo de 17 gatinhos sofreu um terceiro golpe: se viram do dia pra noite sem um teto e rodeados de água. Em uma ação coordenada por várias entidades da Proteção Animal, o GRAD – Grupo de Resgate Animais em Desastres resgatou e deu uma nova chance a essas 17 pequenas vítimas, quase invisíveis em meio a tanta comoção.


A professora Vânia Plaza Nunes, presidente e fundadora do GRAD, explica a função da entidade:

“O GRAD existe justamente com o objetivo de promover ajuda humanitária aos animais e pessoas em circunstâncias de vulnerabilidade em desastres, com equipe técnica qualificada e capacitada para atuar em diferentes situações.”

Dos 17 gatinhos trazidos pelo GRAD, 9 foram assumidos pela Confraria. Destes, apenas 5 ainda não ganharam um lar. É que esses 5 foram marcados por um quarto golpe: testaram positivos para FIV – a AIDS Felina.


“A FIV não é uma sentença de morte. A maioria dos gatinhos chega a viver vidas longas, felizes e saudáveis. Porém, como ela é transmissível, os gatinhos FIV positivos só podem ser doados para lares em que não haja outros gatos negativos para a doença. Isso acrescenta uma camada adicional de dificuldade na hora de promover a adoção”.

Conheça agora "Os Compadecidos": são os 5 gatinhos que sobreviveram a abandono, uma vida em situação de acumulação, um desastre ambiental e a uma doença crônica – e que agora só precisam de uma família para chamar de sua:



Cabo 70


Macho adulto, nascimento estimado 2021.


É bastante dócil e tranquilo. Precisa muito de um lar. É FIV+, assintomático.


Para dar uma chance a ele, preencha o formulário!



Compadecida


Fêmea adulta, nascimento estimado 2022.


Super dócil e amorosa, precisa muito de uma segunda chance! É FIV+, assintomática. Para dar uma chance a ela, preencha o formulário!



Rosinha


Fêmea adulta, nascimento estimado 2022.


Rosinha é bem boazinha, se dá bem com outros gatos e gosta de pessoas. É FIV+ assintomática, então precisa ser filha única felina ou irmã de outros gatinhos FIV+.


Para adotar, preencha o formulário!



Bolinha


Fêmea adulta, nascimento estimado 2022.


Bolinha é muito dócil, amorosa, ama colo e ronrona muito! Ficou com essa cicatriz no olhinho por conta de uma infecção antes de ser resgatada, mas enxerga bem. É FIV+, assintomática. Para dar uma chance a ela, preencha o formulário!



Teperoá


Fêmea adulta, nascimento estimado 2021.


É dócil, amigável com outros gatos e companheira! É FIV+, assintomática.


Para dar uma chance a ela, preencha o formulário!




Caso queria saber mais sobre eles ou saber mais sobre o nosso processo de adoção, é só escrever para queroadotar@miadoselatidos.org.br ou para o Whatsapp (11) 2341-9870

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